Olá, amabilíssimos leitores desse meu Brasil ( ou algum reino de muito-muito distante ).
- Tá, essa foi para não dizerem que o post não teve humor -
Hoje venho aqui para refletir junto com vocês sobre um assunto que como quase todos presentes em nossas linhas, não pode se entender e abordar completamente em nossas poucas linhas, mas, que por teimosia geral do Limã☼, sempre trazemos para seus 3 minutos de Limonada.
Toque de recolher !
Úi !
Todo mundo já deve ter ouvido falar nesse termo, ou - se ainda mais atento - deve saber que algumas cidades do interior de alguns estados brasileiros (brasil sil sil !) aderiram à este recurso.
Iria abordar o assunto em pontos como fiz na minha última postagem, mas decidi voltar às raízes e azedar tudo de uma vez só.
Utilizado em períodos de guerra para restringir a liberdade de parte específica da população ( Judeus na Alemanha Nazista e Japoneses nos EUA , durante a II Guerra Mundial ) e em alguns lugares para indicar o horário do fechamento das portas de alguns albergues, o "Toque de Recolher" bate a porta de nossa sociedade.
21 cidades já outorgaram ( fazer valer por meio de Ato - papel - ) a imposição do Toque de Recolher para jovens de 14 à 18 anos, assim, cada cidade atribui um horário de limite para a permanência destes jovens nas ruas, alegando que isso diminuirá os índices de marginalização juvenil assim como a procura por drogas e bebidas alcoólicas.
Pergunto-me - pergunto-lhe - será que isso realmente será efetivo, e realmente existe esta necessidade ?
Quando as leis regulam a entrada dos jovens em locais inapropriados para sua faixa etária, quando a venda de bebidas alcoólicas e tabaco são proibidas para menores de idade, quando existem policiais para fazerem cumprir tais leis, será que é preciso privar os jovens do que eles mais defendem e buscam? Liberdade.
Quando a constituição garante a todo cidadão o direito de Ir e Vir, assinaremos a exclusão desta parcela - frágil - da sociedade ?
O verdadeiro problema não é difícil de se encontrar, a tríade de formação básica de um cidadão está perdendo - ainda mais - a força, e cada vez mais se distancia dos jovens.
A família, umas mal estruturadas, outras chefeadas por pais relápsos que acham que filho só se cria até aprender a falar e andar - ou nem isso -.
A escola, que em sua maioria age como um condutor ou propagador da criminalidade entre os jovens. A educação brasileira, não só a teoria de ensino ( grade curricular, metodologia, carga horária ) mas a física também, está defasada, não acolhe uma juventude com necessidades diferenciadas e assim continua uma ' cultura do imutável'.
Algumas pesquisas feitas recentemente mostram a crescente evasão da juventude nas instituições religiosas. As maiores correntes religiosas ainda estão em processo - algumas nem isso - de adaptação a nova realidade da sociedade em que os jovens estão inseridos, pensamentos arcáicos ou atividades duvidosas ( Edir ... quer ser meu pai ?) afastam os que tem mente aberta às possibilidades e olho aberto para oportunismos.
Será que se estas três instituições formassem bem os jovens acolhidos em seu seio, haveria necessidade de cogitarmos esse tipo de ação ?
Uma coisa é certa, esta peneira não vai tapar o sol,
e o pior, o sol pode passar por ela e queimar nossa cara.
Luz e Paz"